Paineis

Atenção: Os vídeos dos painéis e muito mais sobre o TECNOx 4.0 estão disponíveis no canal do evento no YouTube.


Os painéis terão formato de apresentação por especialistas seguidos de conversas envolvendo o público participante do evento. É importante salientar que uma significativa parcela dos painelistas não é especialista em tecnologias livres pois o intuito dos painéis é promover uma integração de suas áreas de pesquisa com o contexto das tecnologias livres, expandindo os horizontes dos participantes do TECNOx. Acreditamos que os painéis podem ser estratégicos para alcançar um objetivo nobre: a ubiquidade das Tecnologias Livres na América Latina e no Caribe em luz da ética e dos direitos humanos. Com os debates realizados no evento, esperamos construir reflexões que qualifiquem o discurso e a atuação da coletividade e atuam em consideração a questões éticas, econômicas e ambientais. Esperamos que as colocações dos painelistas instiguem reflexões que permeiem o restante do evento. Convidamos os painelistas a exporem suas pesquisas e temas de interesse e, dentro do possível, abordem a ética e os direitos humanos. O sucesso dos painéis se dará a medida que os assuntos tocarem os participantes, incentivando-os a se aprofundarem nos temas debatidos e alimentem as discussões durante e após o evento.

Painel de Ética e Direitos Humanos

O TECNOx é um evento que buscar integrar a coletividade Latino-Americana de Tecnologias Livres. A sua quarta edição tem como tema norteador “Ética, Direitos Humanos e Tecnologias Livres”. Este tema foi escolhido a fim de ampliar a reflexão sobre a responsabilidade de cada indivíduo, tanto no desenvolvimento humano quanto no uso das tecnologias livres, que podem trazer muitos benefícios, porém também podem trazer problemas. Acreditamos que as tecnologias livres tem um papel fundamental para atingir diversos dos objetivos do desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, em especial no que diz respeito ao uso de tecnologias de baixo custo alidadas ao direitos fundamentalmente universais a qualquer ser humano. Entretanto, temos certeza que para que isto aconteça, a atitude ética dos membros da coletividade de tecnologias livres devem estar tão desenvolvidas quanto a sua capacidade técnica. Queremos que o TECNOx seja um marco nas atitudes e reflexões éticas da comunidade de tecnologias livres.
O painel de Ética e Direitos Humanos foi estrategicamente acomodado no primeiro dia do evento a fim de garantir a maximização do seu impacto.

Painelistas confirmados:

Maíra Baumgarten (Brasil)

Professora Associada da Universidade Federal de Rio Grande (aposentada). Foi assessora de Planejamento da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul (1989-1991). Atualmente é pesquisadora produtividade do CNPq, Professora do Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGS-UFRGS). Coordena o Laboratório de Estudos e Divulgação de Ciência, Tecnologia e Inovação Social da UFRGS. É Presidente do Conselho Deliberativo da Fundação Piratini de Rádio e Televisão, conselheira eleita da Sociedade Brasileira para o Progresso Ciência (SBPC) e membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias (ESOCITE/BR). É Editora Emérita da Revista Sociologias e integra o Comitê Editorial da Associação Latino Americana de Sociologia (ALAS) como Co-editora, bem como diversos comitês de periódicos científicos e de divulgação de ciência nacionais e internacionais. Participa da coordenação dos GTs "Ciência, tecnologia y innovación" e "Ciência, tecnologia e inovação social" da Associação Latino Americana de Sociologia-ALAS e Sociedade Brasileira de Sociologia-SBS e da ESOCITE.BR respectivamente. Sua  área de atuação preferencial é a Sociologia, com ênfase em Sociologia do Conhecimento, principalmente nos seguintes temas: Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento, Conhecimentos e inovação social, Política de Ciência e Tecnologia, Políticas Públicas, Tecnologias Sociais e Ciência e Sustentabilidade. Atua também nas  áreas de Cultura e Arte (música).
Giovani Mendonça Lunardi (Brasil)

Professor e pesquisador credenciado no Programa de Pós Graduação do Mestrado em Interdisciplinar em Tecnologias da Informação e Comunicação (PPGTIC) na linha de pesquisa Tecnologias Educacionais - Campus Araranguá/UFSC. Pós Doutorado em Direitos Humanos (PPG Filosofia - UNISINOS) junto à Cátedra UNESCO/UNISINOS de Direitos Humanos e ao Grupo de Pesquisa Ética, Biopolítica e Alteridade (2014). Pesquisador com o projeto Conectividade e Direitos Humanos cadastrado na UFSC/CNPq (2016-2019). - Líder do Grupo de Pesquisa BIOPSYS (UFSC-Campus Araranguá) e vinculado aos grupos de pesquisa Mídia e Conhecimento (UFSC-Campus Araranguá) e Ética e Direitos Humanos (UNIR-Rondônia), todos cadastrados no CNPq. - Coordenador do Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos de Rondônia - CEEDH/RO (2006-2010). Temas prioritários de investigação: Ética e Direitos Humanos e suas interfaces com tecnologias da informação e comunicação, Educação, bioética, sustentabilidade, inovação, inclusão social e políticas públicas.
Ignacio Maglio (Argentina)

Advogado, Procurador, Diplomado em Saúde Pública. Coordenador e Membro do Comitês de Ética em Investigação Clínica e Comitês de Bioética. Membro Expert da Comissão Assessora do Conselho Nacional de Bioética e Direitos Humanos do Ministério de Justiça e Direitos Humanos da Nação, (2012). Assessor da Comissão de Saúde da Câmara de Deputados (1999-2001). Fundador e Secretário da Sociedade Argentina de Sida, (1995), Assessor Jurídico da Fundação Trauma, da Sociedade Argentina de Infectologia e da Sociedade Argentina de Reumatologia. Professor no Departamento de Pós-graduação da Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires. Membro do Conselho Assessor da Redbioética da UNESCO.

Painel de Inovação e Modelos de Negócios

A emergência das tecnologias livres no cenário econômico colocam em cheque os modelos econômicos convencionais, nos quais o valor é embasado na rivalidade de bens. Nos bens intangíveis, esta rivalidade é criada através das leis de propriedade intelectual, que tipicamente é utilizada para restringir a sua reprodução e circulação. O software livre, que é intangível e faz uso das leis de propriedade intelectual para garantir a sua livre circulação e adaptação, teve seu impacto econômico demonstrado através da sua adoção por uma gama de agentes econômicos, que variam deste grandes empresas multinacionais até profissionais autônomos, que dependem ou atuam no desenvolvimento de software livre para atingir seus objetivos.

Entretanto, as modalidades de tecnologias livres que surgiram na última década ou duas, tais como hardware livre e biologia sintética, ainda estão encontrando caminhos para causar impacto econômico. Sem o estabelecimento de empresas que atuem e dependam destas tecnologias, as tecnologias livres dificilmente irão atingir seu potencial de contribuição para o desenvolvimento sustentável. Para tanto é preciso entender  melhor como os processos de criação de metodologias que geram soluções inovadoras se dá, assim como alguns dos fundamentos de inovação aberta, modelagem de negócios, desenvolvimento de clientes, oceanos mercadológicos, prototipagem e desenvolvimento ágil.

Painelistas confirmados:

Silvia Lago Matínez (Argentina)

Socióloga de la Universidad de Buenos Aires (UBA), llevó a cabo una Maestría en Política y Gestión de la Ciencia y la Tecnología y está desarrollando su doctorado en la misma Universidad. Profesora Adjunta de la materias: Técnicas de Investigación Social de la Carrera de Ciencia Política, Metodología de la Investigación Social I, II y III de la Carrera de Sociología, y del Seminario "Introducción a la Sociedad Informacional” en Sociología.Es investigadora del Instituto de Investigaciones Gino Germani donde co-dirige el Programa de investigaciones sobre la sociedad de la información. En cargos de gestión universitaria se desempeñó como Subsecretaria de Investigación de la Facultad de Ciencias Sociales, UBA hasta marzo de 2006. Dirige y ha dirigido varios proyectos de investigación acreditados por la UBA, en la temática TIC y Sociedad, coordinado un equipo de investigación conformado por sociólogos y licenciados en comunicación y estudiantes de ambas carreras.
El proyecto de investigación actual es: “Internet: un nuevo campo para la acción colectiva”, cuyos avances se están comentando en este programa de radio. Se está investigando en el marco del proyecto desde el año 2004, pero el tema se aborda en el equipo de investigación desde el año 2000. El Proyecto anterior: “La apropiación social de Internet. Las experiencias de los telecentros en Argentina y América Latina”. Que se desarrolló en el año 2003 se dirigió a examinar las políticas gubernamentales para la sociedad de la información en Argentina y otros países de América Latina. También es co-directora del proyecto “Las tecnologías de Información y Comunicación en el desarrollo local. El caso de la región metropolitana Norte de Buenos Aires”. Acreditado por la Agencia Nacional de Promoción Científica y Tecnológica (ANPCyT).
Cecília Burtet (Brasil)

Doutoranda em Administração na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui graduação em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Atuou em empresas de médio e grande porte na área de Gestão de Pessoas e realizou trabalhos de consultoria ministrando cursos e palestras, também nessa área, especificamente voltados para temas como liderança, gestão de talentos e comunicação interpessoal. Possui interesse nas áreas de Inovação Aberta, Democratização da Inovação, Aprendizagem Organizacional e Teoria Ator-Rede.
Marcello Marafigo Arpino (Brasil)

Sócio e Co-Fundador da ALMA Negócios. Iniciou sua carreira na PS Júnior, empresa Júnior da Escola de Administração da UFRGS, entre 2013 e 2016, após disso tendo trabalhado com consultoria em gestão e comercial, além de expansão de redes de franquias. Ao longo dos anos ministrou workshops de Modelagem de Negócios e Planejamento Estratégico. Hoje seu foco é a criação de novos negócios, seja na modelagem de ideias para torná-las negócios ou em transformar empresas de mercados clássicos em negócios inovadores com soluções para novas necessidades e mercados.

Painel de Educação

A valorização da educação inclusiva, colaborativa e de qualidade, aliada a novos paradigmas da criação, uso e disseminação do conhecimento, tem um inestimável poder de transformação. Este painel discutirá temas transversais aos outros, como à alfabetização tecnológica, educação emancipatória, educação ambiental, valorização da educação dos povos originários da América Latina e do Caribe, educação como meio descolonizador, educação aberta, recursos educacionais abertos, pedagogia de projetos etc. Como a cultura do conhecimento livre e aberto utilizando pedagogias novas ou já existentes podem proporcionar e promover uma educação vocacionada para a formação de pessoas autônomas e para a construção de uma sociedade equânime?
A educação conectiva, também chamada de transdisciplinar, que instruí os estudantes a mesclar saberes, fará surgir novas áreas de atuação, novas teorias econômicas, sociais e políticas, assim como novas dinâmicas de interações humanas. Por outro lado, a educação em tecnologias livres imprescindivelmente tem um incrível potencial eficaz de transformação social, econômica, política, e massificação da redução da desigualdade social e melhoria da qualidade do ensino. Quais são os resultados possíveis quando misturarmos estes universos? Venha pensar novas formas de se fazer educação!

Painelistas confirmados:

María Soledad Ramírez Montoya (México)

Professora-pesquisadora titular e directora de pós-graduação e educação continua da Escuela de Educación, Humanidades y Ciencias Sociales del Tecnológico de Monterrey. É coordenadora do Grupo de Pesquisa e Inovação em Educação do Tecnológico de Monterrey, diretora do escritório do International Council for Open of Distance Education (ICDE): "Latin America's Open Education Movement" e diretora da Cátedra UNESCO: "Movimento educativo aberto para América Latina". Também é professora pesquisadora convidada pela Universidade de Salamanca, onde assessora teses e ministra cursos no programa de Doutorado Formação na Sociedad do Conhecimento.
Nelson Pretto (Brasil)

Professor Titular (e ativista) da Faculdade de Educação da UFBA, bolsista do CNPq, conselheiro da SBPC (2015/2019) ex-secretário regional na Bahia da SBPC (2011/2015). Membro da Academia de Ciências da Bahia. Foi titular do Conselho Estadual de Cultura do Estado da Bahia no período 2007/2011, assessor do Reitor da UFBA (1995/1996) e Diretor da Faculdade de Educação/UFBA por dois mandatos (2000/2008). Foi editor da "Revista entre ideias: educação, cultura e sociedade" (antiga Revista da Faced). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação e Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: internet, educação e cibercultura, informática educativa, tecnologia educacional, software livre, acesso aberto e educação a distância. Líder do Grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias e integra os grupos de pesquisa "Laboratório Interdisciplinar sobre informação e Conhecimento" (UFRJ) e "Ábaco" (UnB).
Tel Amiel (Brasil)

Professor do Departamento de Métodos e Técnicas da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. Foi coordenador da Cátedra UNESCO em Educação Aberta (2014-2018, NIED/Unicamp). Atualmente, está engajado em projetos focados no aprimoramento escolar baseado em dados, na compreensão de barreiras organizacionais para o uso de novas mídias em escolas e na promoção de recursos abertos no ensino superior. É co-líder da Iniciativa Educação Aberta.

Painel de Diversidade e Equidade

A diversidade sexual, étnica e cultural no fazer científico, tecnológico, artístico e empreendedor é o que mais nutre nossa intangível riqueza. Sendo um tema muito discutido na atualidade e intrínseco por natureza ao movimento de tecnologias livres, convidamos todxs a refletir durante diálogos críticos construídos para a valorização de nossa diversidade e o protagonismo de minorias em representatividade política nos mais variados cenários políticos, econômicos e sociais. Dada a invisibilidade histórica das comunidades oprimidas na produção de conhecimento científico e tecnológico, de que maneira o movimento aberto e livre se torna uma ferramenta para combater essa invisibilidade? Do empoderamento de transexuais, feminino, não binário, ao empoderamento negro, indígena, quilombola, de cidadãos de baixa renda, de pessoas com deficiência etc. Em suma, o empoderamento de grupos estratificados socialmente e que não sejam homens brancos sis. 
Em um ambiente amigável, respeitoso e acolhedor, convidamos todxs a unir as narrativas críticas da violência e estórias ocultadas para impulsionar nossas ações. Prezamos pela equidade e sabemos que os elos que nos unem são incontestavelmente mais comuns do que os que nos separam, e que nossas ações orgânicas se tornarão coesas, estratégicas e inclusivas na medida que cultivarmos conexões. Mas o que há de diferente no movimento aberto e livre que nos permite acreditar que as mulheres, a diversidade sexual e de gênero, as comunidades indígenas, etc., têm a real possibilidade de serem ouvidas e que a produção de seus conhecimentos se torna visível? Venham refletir e pensar criticamente estas importantes indagações com a gente!

Painelistas confirmados:

Katemari Rosa (Brasil)

Professora adjunta da Universidade Federal da Bahia, onde coordena de área do PIBID Física. Tem experiência em pesquisa em ensino de física e formação de professoras e professores de física. Katemari parte de referenciais teóricos feministas, pós críticos e descoloniais. Seus interesses envolvem a pesquisa e a prática em ensino de física, formação de educadoras e educadores, física nas séries iniciais e discussões que envolvem as interseccionalidades de gênero, sexualidades, raça, etnia e status socioeconômico na construção e no ensino das ciências. A pesquisadora é integrante da Sociedade Brasileira de Física, onde atua como membro do Grupo de Trabalho de Minorias na Física e representante da região Nordeste na Comissão de Ensino de Física.
Thayse Onofrio (Brasil)

Thayse é formada em Publicidade pela ESPM e em Tecnologia em Sistemas para Internet no IFRS. Atualmente, atua como consultora de desenvolvimento de software na ThoughtWorks e faz parte da organização do AfroPython, uma iniciativa para incluir e empoderar pessoas negras na área de tecnologia, por meio de oficinas, eventos e encontros. Participa ativamente de comunidades e eventos que buscam tornar a área de tecnologia mais diversa, incentivando mulheres, pessoas negras e LGBTQ+ a iniciarem e se desenvolverem na área.
Fernando Machado (Brasil)

Fernando é formado em Ciência da Computação na UNIFESP, tem dez anos de experiência na área de desenvolvimento de software e é fascinado pela forma como a tecnologia e a nova escola são capazes de potencializar caminhos possíveis para a transformação social. Atualmente, é consultor de desenvolvimento na ThoughtWorks e, lá dentro, coordena a Aceleradora Inclusiva, uma iniciativa de educação que visa promover o empoderamento tecnológico de jovens em situações de vulnerabilidade socioeconômica, através do ensino de lógica de programação e do desenvolvimento de consciência social, senso crítico e empatia.
Alan Alves Brito (Brasil)

Bacharel em Física pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2002), Mestre (2004) e Doutor (2008) em Ciências (Astrofisica Estelar) pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Foi pesquisador visitante em centros de pesquisa em Portugal e Alemanha. Realizou estágios de pós-doutorado no Chile e na Austrália (Super Science Fellow). Atualmente é Professor Adjunto no Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde desenvolve atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão. Tem trabalhado em pesquisa (Programa de Pós-Graduação em Física e em Ensino de Física da UFRGS) em temas voltados para a Evolução Química de diferentes populações estelares da Via Láctea, Educação e Divulgação da Astronomia. Membro da SBPC, SAB, SBF e ABPN, foi eleito em 2014 Membro Correspondente da Academia de Ciências da Bahia. É diretor do Observatório Astronômico da UFRGS e membro da diretoria da Sociedade Astronômica Brasileira (2018-2020).